Santuário
Nossa Senhora da Piedade

Lençóis Paulista SP - Arquidiocese de Sant'Anna de Botucatu
 
 

Dom Carlos José de Oliveira

Nascimento: 17 de outubro de 1967
Ordenação Presbiteral: 04 de outubro de 1992
Ordenação Episcopal: 19 de março de 2019
Eleito Bispo de Apucarana: 12 de dezembro de 2018
Posse como Bispo de Apucarana: 06 de abril de 2019

BIOGRAFIA

Primogênito do casal Mario Salvador de Oliveira (in memoriam) e Maria Aparecida Santi de Oliveira, Dom Carlos é natural da cidade de Botucatu, tendo nascido na Vila dos Lavradores, aos 17 de outubro de 1967. Recebeu o sacramento do batismo no dia 29 de outubro do mesmo ano, na Paróquia Sagrado Coração de Jesus, na mesma cidade. Sua família é composta por duas irmãs: Eliana casada com Edvaldo, Andreia casada com Luciano e três sobrinhos: Isabela, Natália e Thiago. Realizou seus primeiros estudos na cidade de Botucatu, na escola Dom Lúcio Antunes de Souza e no então IECA.

Em 04 de fevereiro de 1986, ingressou no Seminário Sagrado Coração de Jesus, em Mogi das Cruzes/SP, e, posteriormente, fez o curso de Filosofia e Teologia na Pontifícia Faculdade Nossa Senhora da Assunção, em São Paulo/SP.

Recebeu a Ordem do Diaconato no dia 08 de dezembro de 1991 sendo ordenado sacerdote em 04 de outubro de 1992.

De 1994 a 1996 fez o Mestrado em Teologia na Pontifícia Universidade Gregoriana, em Roma. Em 2016 defendeu sua tese de doutorado em Teologia pela Puc/RJ.

Retornando de Roma em 1996, assumiu como Pároco/Reitor do Santuário Nossa Senhora da Piedade, na cidade de Lençóis Paulista, Arquidiocese de Botucatu/SP. Aonde se encontrava no momento de sua nomeação Episcopal em 12 de dezembro de 2018. Foi ordenado Bispo em 19 de março na mesma cidade.

Assumiu e desenvolveu as seguintes funções na Arquidiocese e Província Eclesiástica: Assessor da Pastoral Familiar (1997-1999 e 2002-2007); Professor de Teologia na Faculdade São João Paulo II, em Marília (1997-2018); Responsável pelo jornal Monitor Diocesano (1999-2005); Assessor do ECC da Arquidiocese de Botucatu (1999-2007); Coordenador Arquidiocesano de Pastoral (2001-2009); Coordenador de Pastoral da Província Eclesiástica de Botucatu (2003-2005); Fundador e presidente da Casa de Acolhida “Mãe da Piedade” para moradores de rua e toxicodependentes e cônego do Cabido Arquidiocesano (2008).

Em 04 de outubro de 2007 recebeu o título de Monsenhor, “Capelão de Sua Santidade”. Foi o Coordenador Geral do II Congresso Eucarístico Arquidiocesano (2008); Coordenador do Conselho de Presbíteros da Arquidiocese (2001-2007); Assessor da Renovação  Carismática Católica (2017-2018) Membro do conselho de Formação da Arquidiocese (2001-2018); coordenador da região pastoral de Lençóis Paulista (2002-2005 e 2015-2019) e Vigário Geral da Arquidiocese (2016-2019).

Fonte: Diocese de Apucarana, PR

Dom José Magnani

O padre José Magnani era natural de Massa e Carrara/Itália. Ele nasceu no dia 24 de fevereiro de 1851. Ordenou-se padre no seminário de sua terra natal. Vindo para o Brasil em 1886, foi vigário da paróquia de Lençóis Paulista nos anos de 1887 a 1900, depois foi vigário interino de 15/09/1906 a 25/5/1907 e vigário efetivo de 29/6/1911 a 11/6/1921. Em virtude de um atentado político/religioso sofrido por ele em 31 de março de 1889, deixou de ser vigário, devido aos ferimentos graves provocados por balas.

Ele ficou impossibilitado de exercer as funções de vigário, mas permaneceu como coadjutor da paróquia até 1914. Ainda em 1914, foi novamente nomeado vigário de Lençóis Paulista onde exerceu seu sacerdócio até o dia 14 de junho de 1921, data em que veio a falecer. Seu corpo foi sepultado no cemitério local depois foi trasladado para a Igreja Matriz, onde tem sepultura perpétua.

Quando padre Magnani chegou a Lençóis, integrou-se na Campanha Abolicionista. Na condição de democrata republicano aderiu à  proclamação da República, em 15 de novembro de 1889, tendo sido o primeiro intendente (prefeito) do município, implantando na cidade, idéias republicanas. Posteriormente exerceu a presidência da Câmara. Mais tarde afastou-se da vida pública para se dedicar ao sacerdócio religioso.

Padre Magnani (a pronúncia certa é MANHANI) foi defensor ardoroso do progresso do município. Seus superiores tentaram transferi-lo para outras paróquias, mas ele, bravamente lutou e permaneceu em Lençóis Paulista. Como causídico, advogou vários anos na comarca de Agudos à qual Lençóis pertencia.

Padre Magnani foi um grande defensor dos mais humildes, dos pobres. Foi sob seu comando que  a velha igreja matriz demolida para dar lugar a atual, foi construída.

Lutou pela vinda dos imigrantes europeus. Interferiu para que Estrada de Ferro Sorocabana não passasse distante da cidade. Para isso, ele chegou a doar o terreno para a edificação da estação. Auxiliou os capuchinhos na catequização dos índios da Zona Noroeste e Alta Paulista.  Combateu ardorosamente os inimigos da religião cristã. Destemido, franco e leal, soube sempre defender os direitos de Lençóis Paulista.

Como homenagem  póstuma seu nome está perpetuado na Praça do atual Santuário Arquidiocesano Nossa Senhora da Piedade.

Fontes: Lençóis Paulista, Ontem e Hoje & Lençóis Notícias
 

Padre Salústio Rodrigues Machado

Padre Salústio Rodrigues Machado nasceu no dia 3 de junho de 1897, em Laranjal Paulista. Quando seminarista em companhia de Dom Lúcio, Bispo de Botucatu, ele visitava as paróquias da região atendidas  pela Diocese e muitas vezes vinha a Lençóis Paulista onde conquistou muitos amigos e admiradores. Ordenou-se padre em 1920 em Botucatu/SP. Em 1921, foi incumbido de dirigir a paróquia de Bocayuva, hoje Macatuba. Na vizinha cidade ele ergueu a matriz de Santo Antonio.

Depois padre Salústio voltou para Botucatu, onde exerceu várias funções na igreja. Em 1924, ainda em Botucatu, foi trabalhar na paróquia da Vila dos Lavradores e depois pertenceu à Cura da Sé da Diocese, tendo em 1929 iniciado a construção da Catedral.  Padre Salústio foi diretor do Ginásio Nossa Senhora de Lourdes e Procurador Geral dos Vigários de Mitra. Em seguida foi vigário em Avaré onde construiu a majestosa matriz,  e fundado o Instituto de Instrução Sede Sapientie.

No dia 1º de janeiro de 1939, Padre Salústio assumia a paróquia Nossa Senhora da Piedade em Lençóis Paulista. Pelo espaço de 16 anos ele se dedicou não somente aos assuntos relacionados à Igreja, mas a todos os segmentos da cidade. Com a comissão composta pelos senhores Lídio Bosi e Francisco Radicchi construiu a nova Igreja Matriz, a qual teve a felicidade de inaugurar dois anos antes da sua morte. Ele faleceu em 5 de julho de 1955.

Dotado de um dinamismo ímpar, Padre Salústio reergueu a religião em Lençóis Paulista. Conta-se que ele era muito festeiro e por causa disso realizava grandes festas no bairro Corvo Branco.

Padre Salústio batalhou muito em prol da assistência, da instrução e da grandeza de Lençóis Paulista. Contribuiu fortemente pela emancipação jurídica lençoense, a criação da comarca. Foi amigo assíduo e colaborador da imprensa local, que mesmo hospitalizado em Botucatu, enviava suas apreciáveis colaborações, sobretudo para ao jornal O Eco, o único que circulava naquele tempo.

Padre Salústio faleceu no dia 5 de julho de 1955 e 16  anos depois seus restos mortais foram trazidos para Lençóis Paulista e sepultados novamente na Igreja Matriz. A comunidade católica teve oportunidade de mais uma vez render homenagens póstumas ao saudoso padre.

Fontes: Lençóis Paulista, Ontem e Hoje & Lençóis Notícias

Padre João Amâncio da Costa Novaes

Natural de Pouso Alegre/MG, padre João Amâncio da Costa Novaes nasceu no dia 27 de novembro de 1922. Seus pais foram: Octacílio Dantas Novaes e D. Maria da Costa Novaes. Concluiu seus primeiro estudos ainda em Pouso Alegre, depois foi estudar na cidade de Maria da Fé, também nas Minas Gerais. Já os cursos Ginasial e o Clássico ele fez em Mariana onde padre João ingressou no Seminário Nossa Senhora Auxiliadora. O noviciado fora feito com os capuchinhos de Taubaté/SP.

Mais tarde fez filosofia na cidade de Mococa/SP e teologia com os missionários capuchinhos. Tornou-se frade capuchinho no Ano Santo de 1950, mais precisamente no dia  8 de dezembro, em Piracicaba/SP. Celebrou sua primeira missa em Pouso Alegre com a presença de familiares. Foi organista, professor de canto orfeônico, compondo algumas peças para piano e órgão. Durante dezoito anos tocou órgão na Igreja Imaculada Conceição, em São Paulo. Formou-se e recebeu diploma de jornalismo pela escola Casper Líbero/SP e diplomou-se em curso superior de liturgia, no Rio de Janeiro. Fez versões de livros em francês, italiano e espanhol. Em 1962 foi chamado pelo bispo de Maringá/PR para ajudá-lo nas obras que  pretendia realizar. Para isso, padre João saiu da ordem dos Capuchinhos e ingressou no Clero Secular.

A sua primeira missa como pároco foi na Igreja de São José de Caiuá. Formou com os coroinhas um coro infantil e, para recreação da criançada, organizou um time de futebol dente de leite.

Em 27 de julho de 1969, padre João chegou à Lençóis Paulista para assumir a Paróquia Nossa Senhora da Piedade. Foi empossado pelo Monsenhor Oswaldo Violante. Aqui trabalhou enfrentando todas as dificuldades, apoiado sempre pelos paroquianos e por alguns padres que vinham auxiliá-lo quando necessário.

No seu serviço pastoral, edificou capelas em diversos pontos de Lençóis, com a colaboração decidida da comunidade católica. Pensava construir uma capela em cada bairro, já tendo em mãos as plantas das obras a serem edificadas. As capelas poderiam ser consideradas igrejas, pelo tamanho que apresentavam. Participou ativamente da construção e reforma de igrejas. Reformou e fez pintura da Matriz, adaptando novo serviço de som. Construiu os salões do Cursilho, do PLC, e do Maranatha. Também construiu uma Casa Paroquial, o escritório e o Velório que mais tarde foi transferido para o cemitério. Construiu a Capela de São José, no bairro Fartura. Construiu três barracas para festas no bairro Corvo Branco. Edificou ainda a capela (hoje paróquia) de São Pedro e São Paulo no Núcleo Luiz Zillo; Ergueu a capela (hoje paróquia) de São José no bairro Jardim Ubirama, e a capela Santa Rita de Cássia, na Vila Contente. Reformou ainda as capelas: Capela do Santíssimo, na Igreja Matriz; Nossa Senhora dos Desamparados, no Asilo; Nossa Senhora das Graças, no Lar da Crianças;  São Benedito, na Vila Mamedina; São Miguel Arcanjo, no Cemitério; Capela de São Roque no bairro Bocaina; Capela de Alfredo Guedes e Capela Nossa Senhora da Penha, no bairro Sirene.

Paralelamente à religião, padre Novaes era um ardente apreciador de futebol. Em 1969, fundou a equipe dente de leite do CAL (Clube Atlético Lençoense), o Calzinho.

Ele era o mantenedor e técnico da equipe que chegou a ficar mais de cem partidas invicta. Para jogar na sua equipe, os atletas tinham que estar estudando, tirando boas notas e freqüentando as missas por ele celebradas. Nas manhãs de domingo, dezenas de garotos sentavam nos primeiros bancos da Igreja Matriz para que o padre notasse a presença de cada um.

Os seus conhecimentos intelectuais o levaram a conviver com a literatura e tornaram-no Patrono do Museu Literário, anexo à Biblioteca Orígenes Lessa, em 1983. Em 15 de novembro de 1991, a Câmara Municipal lhe redeu grande homenagem, quando outorgou o título de Cidadão Lençoense. Padre João durante anos escreveu crônica no jornal Tribuna Lençoense. Na rádio difusora, sustentou o programa Clarinada de Fé. Em 1995, escreveu o livro: Clave de Sol e Clave de Fá.

Padre João Amâncio da Costa Novaes faleceu em Lençóis Paulista, no dia 26 de março de 1996 e seus restos mortais foram trasladados para Minas Gerais, na cidade de Pouso Alegre.

Fontes: Lençóis Paulista, Ontem e Hoje & Lençóis Notícias

Padre Luiz de Oliveira Andrade

Padre Luiz de Oliveira, filho de Luiz Alves de Andrade e Lisbela Oliveira Andrade, nasceu em 20 de dezembro de 1925, em Ipaussu, Estado de São Paulo. Fez curso primário na cidade em que nasceu e com 12 anos de idade foi para o Seminário Menor São José, na cidade de Botucatu(de 1937 a 1943). Após, estudou no Seminário Central de Imaculada Conceição, no bairro do Ipiranga, na capital (de 1944 a 1950). Foi ordenado padre pelo Bispo Dom Henrique Golland Trindade, no dia 10 de dezembro de 1950, na Catedral de Sant’Ana, na diocese de Botucatu, tendo celebrado sua primeira missa em Ipaussu.

No longo de sua vida dedicada à Igreja, o homenageado exerceu seu mister nos seguinte locais: 1951-Vigário Cooperador-catedral de Sant’Ana,em Botucatu; 1953-Vigário da Igreja de São Benedito em Botucatu, onde construiu a casa paroqual de São Benedito; 1955-Vigário Ecônomo da Igreja Nossa Senhora da Piedade, na cidade de Lençóis Paulista-SP, onde construiu a Igreja de São Benedito; 1962-Vigário na Igreja Nossa Senhora da Paz, na cidade de Bernardino de Campos-SP.

Foi concedido o título de Cônego quando Botucatu foi elevada a Arquiocese; 1965-Voltou a ser vigário da Igreja de São Benedito, em Botucato; 1967-Vigário da Igreja de Nossa Senhora da Piedade, na cidade de Bofete-SP, onde inauguração a creche da cidade e deu abertura às mudanças das celebrações da Igreja; 1969-Vigário da cidade de Bento de Abreu-SP e Rubiácea-SP, da diocese de Lins-SP, onde construiu a Igreja de Rubiácea e com a doação de terra fez uma vila de casas para os necessitados da cidade, 1976-Vigário da Paróquia de Santa Gema Galgani, em Presidente Altino, Osasco-SP, onde construiu a casa paroquial e o posto de saúde; 1984-Vigário da Paróquia de Nossa Senhora da Escada, em Barueri, onde construiu, também com a ajuda da comunidade e da Kolping, a Igreja de Nossa Senhora da Esperança, no Jardim Esperança e na Chácara Marco a Igreja de Nossa Senhora das Dores.

Deixou quase pronta a Igreja de São José Operário e iniciou as obras da nova Igreja de Nossa Senhora da Escada, na Aldeia de Barueri, sede da paróquia; 1998-Novamente Vigário da Paróquia de Santa Gema Galgani, em Presidente Altino, Osasco, onde encerrou sua caminhada. Faleceu em 28 de dezembro de 2001, no Hospital Montreal, em Osasco, deixando muita saudade.

Foi responsável pela então Paróquia Nossa Senhora da Piedade entre 1956 e 1962. Quando por estas bandas chegou era ainda muito jovem, e suas medidas eram muito comedidas, até modestas para alguns. Contudo, ele era muito culto e ter um  espírito filantrópico era uma de suas maiores virtudes. Realizou todos os sacramentos da igreja. Batizou, crismou, e fez a Primeira Comunhão de muitos jovens que hoje adultos, lembram emocionados do velho padre.

Realizou solenes casamentos, ocasião em que o padre aproveitava para destacar aos noivos a importância da família. Na condição de responsável pela paróquia, padre Luiz participou intensamente da programação dos festejos do Centenário do Município de Lençóis Paulista, em 1958. O carro-andor que conduziu a imagem de Nossa Senhora da Piedade no desfile foi  ornamentado pelo Padre Luiz.

A missa em comemoração ao centenário dea cidade foi celebrada pelo arcebispo de Botucatu, Dom Henrique Goulland Trindade e pelo Padre Luiz, que orgulhosamente dizia: “Eu sou o Padre do centenário”.

Além da realização das festas tradicionais e das tarefas da Igreja, o maior feito de Padre Luiz foi a construção da capela de São Benedito, na Villa Mamedina, em 1961.

Padre Luiz morreu no dia 28 de dezembro de 2001, no hospital Montreal, em Osasco, consternado profundamente a família católica lençoense.

Fontes: Lençóis Paulista, Ontem e Hoje & Lençóis Notícias
Paróquia-Santuário
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